Prefeito reivindica Abatedouro Municipal durante visita do Ministro do MDA em Abelardo Luz

O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, esteve em Abelardo Luz, nesta segunda-feira (25), participando das comemorações dos 30 anos do MST e o Prefeito Dilmar Fantinelli aproveitou a oportunidade para entregar ao Ministro o projeto para a construção do Abatedouro Municipal de Carnes. Esse projeto já está protocolado junto ao Ministério e prevê o abate de Bovinos, Suínos, Ovinos e Caprinos.

Durante o encontro, o Prefeito relatou ao Ministro que 44% da população do município encontra-se no meio rural. “Com isso temos a maior concentração de famílias assentadas do Estado de Santa Catarina, além de grande número de famílias de pequenos agricultores. Considerando todos esses indicadores e levando em conta a grande demanda por alimentos saudáveis e o grande número bovinos existentes por conta da produção de leite, o abatedouro será uma forma de agregar valores e garantir renda para essas famílias”, lembrou.

Após as comemorações e o almoço no Assentamento 25 de Maio, o Prefeito levou o Ministro para conhecer a sede do Assentamento José Maria onde conheceu a sede do Cooperoeste e as futuras instalações do Instituto Federal Catarinense. “Os assentamentos em Abelardo Luz mostram que a reforma agrária e a agricultura familiar no Brasil são viáveis e necessárias para o desenvolvimento sustentável e integral do nosso país. Aqui nós temos a agroecologia, o desenvolvimento e a agroindústria agregando valores à produção dos agricultores. Essa é uma experiência vitoriosa e todos estão de parabéns”, disse o Ministro.

Desde 2013, o dia 25 de Maio é o dia de comemoração da primeira ocupação do MST no Brasil, ocorrida no município.  “Hoje Abelardo Luz possui 23 assentamentos, onde vivem mais de 1.400 famílias, tirando da terra o seu sustento e a contribuindo com o desenvolvimento econômico do município”, destaca o prefeito.

 A história da reforma agrária e do próprio MST, em Abelardo Luz, começou na madrugada do dia 25 de maio de 1985, quando centenas de famílias de agricultores sem terra, vindas de vários municípios da região, chegaram na então fazenda Papuan, buscando construir uma vida com mais oportunidade e dignidade.